Instumentos III

Véu Fan x Véu Wings
A dança com o véu leque seria uma combinação da dança oriental com a dança do leque coreana Buchaechum (fan dance). Sendo que foi adaptado um véu de seda pura ao leque para dar ênfase aos movimentos.
O fan véu começou a aparecer na dança do ventre por volta de 2003. Época em que vários grupos de dança chinesa começaram a se apresentar com frequência nos E.U.A, e pode ter influenciado as praticantes da dança do ventre a fazerem essa fusão.
A fusão permite criar algo novo e diferente, como performances mais arrojadas na dança do ventre. Acredita-se que foi assim que os movimentos da dança chinesa se fundiram muito bem com os movimentos da dança do ventre.
Atualmente o Leque com véu de seda é a última moda entre as dançarinas de dança do ventre do mundo todo. A beleza encantadora dele, o efeito que proporciona quando movimentado com destreza e graciosidade é um ponto alto no show.
A dança com os fans (leques) é uma oportunidade para aqueles que querem experimentar a fusão dos movimentos da dança do ventre, com ritmo coreano ou japonês. Quando bem trabalhados, ficam maravilhosos!
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/modalidades/14/veu-leque/623
Pandeiro
O pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro.
Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.
Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.
Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.
Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.
Realiza também batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.
Uma dica é fazer batidas no pandeiro apenas nas batidas mais fortes da música, e nos outros momentos utilizá-lo como elemento decorativo. Por isso recomenda-se que se dance em músicas alegres, animadas, ritmadas e bem marcadas.
Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.
O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental e diz-se que ele entrou na Dança do Ventre através dos ciganos do Antigo Egito.
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/modalidades/14/danca-com-pandeiro/56

O Jarro x A cesta de Flores
Antes de falarmos sobre a dança do Jarro, precisamos entender o que é folclore árabe. Como em qualquer país, o folclore é uma manifestação popular representada na forma de música, artesanato, superstições, dança. O folclore árabe diz respeito a todos os mais de vinte países que falam língua árabe; considerando que dentro de um mesmo país uma cultura pode ser bastante diversa, imagina estudar todos esses países! É preciso ir lá para conhecer realmente seu folclore, mas quando se estuda e se busca as fontes confiáveis de informação, é possível saber um pouco sobre o folclore árabe mesmo sem ter ido lá.
Falando de jarro, nenhuma mulher, fica à beira do rio Nilo dançando e cantando ao buscar a água, não da maneira que costumamos ver por aí nos palcos, ao contrário de um dabke libanês típico, que ocorre normalmente em suas comemorações. A dança com o jarro é uma representação de uma parte da cultura egípcia, ligada ao rio Nilo. Não é folclore, mas a representação de uma parte da cultura mais rural. Essa história começou com um bailarino chamado Mahmoud Reda, que começou a levar para os palcos parte da cultura árabe, representando assim, muito do seu cotidiano:
Ao se representar a Dança com o Jarro, pode-se fazer uma ligação ao elemento água com a bailarina representando e interpretando a rotina das camponesas, que caminhavam de sua casa até o rio, onde descansavam, refrescavam-se, pegavam um pouco de água em seus jarros e retornavam.
Na sua performance, você pode se imaginar como uma mulher indo até algum rio em busca de água, sempre de forma muito alegre e solta. Todos os movimentos da dança estão ligados a este fato que deve ser lembrado sempre que for dançar. É um momento de alegria e felicidade.
Dentro dessa dança, utiliza-se um vestido bem largo e, geralmente, colorido e o ritmo costuma ser o fallahi, que é um maksoum modificado, mais acelerado (ritmo árabe dos camponeses egípcios - dum kaka dum ka - pode ter variações) e binário e os gestos representando banho, brincadeiras e sede, aliados ao charme, aos passos simples, saltitantes e alegres e à felicidade de estar desfrutando de um rio fértil.
Prefiro os jarros de cerâmica, apesar de serem mais pesados, e com alça para melhor segurá-lo, mas é possível utilizar de plástico e sem alça. O figurino é sempre um vestido bem rodado até o pé com mangas compridas ou não de estampa lisa, listrada ou com motivos geométricos ou florais. Procure sempre pensar no que as egípcias camponesas costumam usar no cotidiano.
Desconheço Dança do Jarro dançada por homem, já que eram as mulheres as encarregadas de buscar água e cuidar do dia-a-dia da casa. Mas, acompanhá-las na dança fallahi, ok...
Se possível, ao escolher sua música pro jarro, procure saber a letra, caso seja cantada. Use aquelas em que exaltam seu país ou falam de seu cotidiano, pois são contagiantes e representam a alegria de um povo. É preciso habilidade, equilíbrio e boa expressão facial, pois é uma dança teatral.
Importante lembrar que a Dança com Jarro nada mais é que uma dança fallahim, portanto, os passos básicos são do fallahim. O Jarro é apenas um elemento cênico, como poderiam ser as flores, o cesto, etc.
http://hannaaisha.blogspot.com.br/2009/02/danca-do-jarro.html