Instumentos II


Snujs
Os snujs são címbalos de metal, usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.
Eles podem ser tocados pelos músicos, ou então pela própria bailarina enquanto dança. Neste caso, requer grande habilidade da bailarina, que deve dançar e tocar ao mesmo tempo.
É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ ou os breaks (paradas) da música. Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados. Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.
Os snujs dão um incremento à dança, já que dinamizam o ritmo e dão floreado à música. Mas é preciso conhecer bastante a música e treinar bem os toques para que o som fique bom. Pois caso contrário, a música e a dança ficarão poluídas.
Existem snujs prateados ou dourados, lisos ou com desenhos, pequenos, médios ou grandes. A escolha depende da preferência de cada um, bem como da habilidade, pois os snujs maiores requerem mais treino.
Com o tempo os snujs podem escurecer ou ficar esverdeados e para voltar à sua cor original, pode-se usar alguns produtos que são vendidos em casas especializadas de instrumentos.
São necessários alguns cuidados com o armazenamento para prolongar a qualidade do som e a aparência dos snujs. Por isso é importante não guardá-los úmidos e deixá-los envolto em algum tecido.
O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj.
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/modalidades/14/danca-com-snujs/58
Espada
Existem várias lendas para a origem da Raksat A Saif ou Dança da Espada que aqui serão citadas.
Lenda 1:
Diz que é uma dança em homenagem à deusa Neit, uma Deusa Guerreira, simbolizando a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos.
Lenda 2:
As mulheres viam os homens lutando com as espadas e achavam que poderiam fazer melhor que eles mostrando seus dotes de equilibrio. então elas dançavam equilibrando a espada na cabeça, na cintura, na barriga, no peito e na perna.
Lenda 3:
Conta que na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveriam provar que tinham muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo.
Lenda 4:
Outra história remete à época de guerra entre turcos e gregos. Os otomanos teriam contratado algumas bailarinas para levarem vinho e dançarem para os soldados inimigos. Quando estivessem embriagados, elas deviam pegar suas espadas e outras armas para dançar, facilitando o ataque.
Lenda 5:
Uma outra lenda, diz que grupos de beduínos atacavam viajantes que passassem perto de seus territórios, no deserto, durante a noite, para roubar as mercadorias que transportavam. Os mercadores eram mortos e as mulheres beduínas ficavam com suas espadas. Para comemorar a vitória da tribo, elas dançavam exibindo-as como troféus.
Lenda 6:
A espada era usada nas lutas em defesa do povo e da terra. Após cada luta, os homens voltavam ao povoado para o merecido descanso. As mulheres por sua vez ficavam cuidando da casa e dos filhos. Mas as escravas se enfeitavam para dançar. Utilizando as espadas como um troféu, faziam movimentos usados nas guerras, além de equilibrá-la na cabeça.
DISCUSSÃO
Todas estas lendas citadas acima são utilizadas como a história da origem da dança do ventre, ao certo não se sabe qual é a verdadeira origem, sendo que algumas destas histórias tem maior sentido do que outras. Na minha opinião as lendas 4 e 5 se mostram mais convincentes já que fazem o uso da espada na dança algo útil ou comemorativo. Já a lenda 1, nos remete aos tempos mais antigos, mostrando uma origem mais semelhante das que conhecemos atualmente como origem a outras danças, onde o objeto de dança utilizado faz uma homenagem a um Deus Egípcio. - Por Fernanda Mansur -
Candelabro
Dança na qual a bailarina usa um candelabro sobre a cabeça. Recomenda-se que haja um véu sobre a cabeça, embaixo do candelabro.
O candelabro pode ter de 7 a 14 velas, dependendo da preferência. Quanto menor o número de velas, menor o candelabro, e mais delicado.
Seu nome egípcio é Raks El Shamadan e sua provável origem é grega ou judaica.
É uma dança antiga que fazia parte das celebrações egípcias de casamento, nascimento e aniversários, como ainda o é em muitos países árabes.
Assim, é comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos noivos, dançando com o candelabro. Desta maneira ela procura iluminar o caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.
*Não tem traje ou ritmo específico, mas geralmente dança-se ao som do ritmo Zaffe ou na versão mais lenta do Malfuf.* - Há quem afirme que o Baladi é o ritmo e o figurino apropriado seria um vestido / Galabia a cobrir a região abdominal.
De qualquer forma é importante que a música seja lenta, pelo menos na maior parte do tempo, pois com o candelabro não é possível realizar muita variedade de movimentos rápidos.
É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/modalidades/14/danca-do-candelabro/15
